Vamos começar com uma reflexão profunda. Como está escrito: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Esse ensinamento poderoso do mestre deixa claro algo crucial: todos aqueles que estão, de alguma forma, presos à religião, ou àquilo que erroneamente consideram ser a verdade, na realidade, não conhecem a verdadeira essência da verdade. Por que afirmo isso? Porque, uma vez, Pilatos perguntou ao mestre: “O que é a verdade?” E, em outra ocasião, o mestre declarou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” O que ele estava dizendo, em última análise, é que ele próprio é a verdade encarnada. Mas como podemos descobrir essa verdade? Não há uma fórmula exata.
Vou compartilhar como aconteceu comigo. Eu percebia mentiras, detectava enganos, especialmente nas traduções em português. A Bíblia em português, ou melhor, a Bíblia brasileira, foi traduzida por um padre chamado João Ferreira de Almeida, um católico que traduziu a Bíblia diretamente do grego, e não do hebraico. Fui, então, pesquisar na Internet e descobri inúmeras coisas, muitas informações desconexas, até que decidi estudar hebraico bíblico diretamente de Jerusalém, com uma professora de lá. Recebi os livros e comecei a estudar. Foi quando descobri uma quantidade imensa de erros de tradução, mas o que mais me surpreendeu, o que mais me deixou perplexo, foi a tradução dos nomes sagrados.
Primeiramente, o nome do Pai foi trocado pelo pronome “Senhor”, que em hebraico é “Adonai” אדוני. Em segundo lugar, o nome do Filho, que está escrito no Antigo Testamento como o general que entrou na Terra Prometida, foi traduzido como Josué, mas na verdade a pronúncia correta é “Yahushua” יהושע. E isso sem falar dos profetas. A maioria dos nomes dos profetas do Antigo Testamento foram alterados. Nós sabemos que nomes próprios não se traduzem, mas se transliteram. Por exemplo, em livros antigos, como os de Platão ou Pitágoras, os nomes são transliterados, ou seja, adaptados para o idioma do país onde se vai ler a escritura.
Por exemplo, meu nome, que é Luís, no Japão seria pronunciado como “Ruisu”. Não foi traduzido, não virou “João” ou “Pedro”, mas sim adaptado para que os japoneses possam pronunciar. Isso está correto. Mas pegar um nome sagrado e trocar por outro, isso é adulteração, é trocar a essência. E por que fizeram isso? Existe uma trama, uma lógica por trás de tudo isso. A ideia era ocultar o nome sagrado do Criador. É lógico que as traduções não poderiam se afastar muito das originais, porque o povo judeu sempre teve um cuidado extremo com as Escrituras. Nesse ponto, podemos dizer que eles foram verdadeiros heróis ao preservar essas escrituras, mesmo diante de perseguições e dificuldades.
Mas por que o nome de יהוה YAHUAH foi apagado das traduções? E por que o nome de Seu Filho foi escondido? Porque é através desses nomes que somos salvos. Somente depois de conhecer o verdadeiro nome do Salvador יהושע YAHUSHUA é que os nossos olhos se abrem para a verdade, assim como aconteceu com o apóstolo Saulo, que, após sua conversão, foi chamado de Paulo.
Então, por que esconderam o nome do Criador? Simplesmente porque, ao descobrir o verdadeiro nome do Criador, você obtém o conhecimento necessário para entrar no Reino dos Céus. Esse nome é uma chave, uma chave que abre portas onde antes havia apenas muros. A barreira entre você e o Salvador é derrubada, e você passa a ter acesso à verdade divina אל AL. Não adianta se prender a traduções incorretas, nem se deixar escravizar pelas religiões, que muitas vezes têm interesses comerciais. Quando você começa a perceber as mentiras que envolvem o mundo religioso, sua mente se liberta, e você começa a entender a ação da verdade.
Aprofundei, em 2014, meus estudos de maneira intensa e meticulosa, mergulhando em diversos fóruns de discussão sobre o tema. Foi aí que começaram a surgir várias controvérsias. Um líder, conhecido como Yahu, proclamava com fervor que o nome do Criador era “Yahú” ou algo semelhante, e que a verdade residia ali. Comecei a perceber algumas inconsistências e, à medida que explorava mais profundamente, fui me distanciando desse movimento. Quanto mais eu me aprofundava nos textos hebraicos, mais erros de tradução eu descobria. Foi nesse momento que me perguntei: “Não deve haver um significado mais profundo e genuíno por trás disso tudo?”
Eu sabia que não queria entrar em outra religião, nem fundar uma nova. Precisava de tempo para refletir. Naquela época, eu estava no Espírito Santo, Brasil, mas estava me preparando para estudar em São Paulo, especificamente para me tornar piloto de helicópteros. Essa jornada envolvia muitos desafios, exigindo inúmeras provas e dedicação. Com isso, mudei minha família inteira para São Paulo, e acabei me distanciando um pouco desse assunto. Fiquei mais focado nos estudos, o que, naquela época, era absolutamente necessário para garantir o sustento da minha família. A correria diária me afastou temporariamente das questões espirituais.
Apesar desse afastamento, mantive minha oração e comunhão com o Pai e com o Filho, embora não com a comunidade religiosa. Reconheço que não estava suficientemente firme na palavra para assumir uma liderança no caminho que o Messias המשיח indicava. De certa forma, recusei o chamado devido às necessidades urgentes e básicas, como sustentar minha família. A única pessoa com quem eu sentia necessidade de explicar era o meu Pai Celestial, com quem mantinha comunhão constante. Mas agora, não pretendo mais recusar o chamado. Estou voltando com força total para cumprir a vontade do meu Pai.
Esse distanciamento me levou a um exame profundo e rigoroso de tudo e de todos. Comecei a questionar as denominações de “Deus” e “Adonai”. Lembrei-me do significado profundo e simbólico desses nomes, e comecei a rejeitar qualquer tipo de religião ou doutrina que parecesse distorcida. Percebi que algumas pessoas estavam se voltando para o judaísmo em busca de respostas. Sim, acredito que a salvação vem dos judeus, mas isso vem dos profetas, dos verdadeiros mensageiros de Alohin אלוהים.
Com o tempo, percebi que a Internet estava cheia de informações, muitas vezes desconexas e contraditórias. Isso me levou a um estado de saturação mental, uma overdose de informações, que acabou me afastando ainda mais. Passei um longo período afastado dessas questões, focando apenas em buscar a comunhão direta com o Pai. Hoje, percebo que foi meu ego que me afastou. Não deveria ter deixado de lado os assuntos espirituais. Arrependo-me profundamente e agora desejo voltar com a mesma alegria e fervor que tinha no início.
Voltar para valer significa enfrentar a serpente astuta e perigosa, aquela que desde o Éden engana e desvia as pessoas da verdade. A serpente, símbolo da resistência e do engano, sempre nos tenta a desistir de nossos projetos e sonhos. Sempre que você deseja fazer algo bom, algo que esteja alinhado com a vontade do Pai, ela surge para te desviar. Mas, se você quiser seguir por um caminho errado, de pecado e destruição, a serpente te incentiva e fortalece. Foi assim que ela enganou Adão e Eva, e, por consequência, toda a humanidade.
A serpente, simbolicamente, representa a resistência e a fraude. Apesar de ser um ser frágil, ela consegue enganar muitos. Mas, para vencê-la, é preciso conhecer a verdade. E qual é a verdade? A verdade é que os nomes do nosso Pai e do nosso amado Messias משיח foram adulterados e substituídos por nomes de ídolos pagãos. Esses nomes foram criados para agradar tanto gregos quanto romanos. A substituição do nome sagrado foi uma estratégia para unificar religiões e povos sob um único império.
Foi essa manipulação e distorção dos nomes sagrados que contribuiu para o estado atual das religiões, onde a verdadeira essência espiritual foi, muitas vezes, perdida ou ocultada. Agora, estou decidido a não me deixar enganar mais e a seguir firmemente o caminho da verdade, restaurando a verdadeira essência dos ensinamentos do Pai e do Messias המשיח.
Aquele que deseja guardar sua vida, procurando protegê-la e preservá-la a todo custo, acabará por perdê-la. Mas quem der sua vida por amor ao nome do Salvador, encontrará verdadeira vida. Essa poderosa mensagem do Mestre tocou profundamente meu coração, pois em um certo período da minha vida, eu tentei guardar minha vida, agarrando-me às ilusões deste mundo.
Guardar a vida, no sentido desta mensagem, significa desejar viver as coisas deste mundo, apegar-se às superficialidades e efemeridades deste sistema. Trata-se de viver com a falsa esperança de que este mundo é tudo o que existe, de que a felicidade plena pode ser encontrada no egoísmo, no egocentrismo, na busca incessante por prazeres temporários. Mas essa não é a verdadeira vida. A verdadeira vida é aquela vivida conscientemente na presença do Ser mais maravilhoso e sublime do universo: o Grande “Eu Sou אני כן”
Quando você vive a vida em união com Ele, encontra a felicidade verdadeira, a paz genuína e o amor incondicional, mesmo em meio às mais terríveis tormentas e dificuldades. Há uma sabedoria profunda que emana d’Ele, uma sabedoria que os grandes filósofos da humanidade sempre almejaram, mas que Ele nos dá livremente. Só basta pedir, só basta buscar.
Imaginando uma vida centrada no ego, percebo o quanto sou pobre, o quanto me falta felicidade e alegria. Mas quando me coloco em Sua presença, quando Ele se manifesta em meu ser como o verdadeiro ser que sou, percebo que Ele vive em mim, e que tudo o que necessito para ser feliz está na Sua essência, na Sua consciência, no Seu Espírito. No entanto, quando o ego assume o controle da nossa vida e toma decisões baseadas apenas em seus interesses, vêm a frustração e a tristeza. Cometemos muitos erros, ficamos perdidos, e, quando clamamos por Ele, usamos nomes errados, nomes gregos e romanos, nomes de falsos deuses que têm enganado as nações por séculos.
A salvação não vem. O ego nos engana, sussurrando que não precisamos de salvação, que estamos bem neste mundo. Ele nos faz buscar riquezas efêmeras, enquanto na verdade estamos perdendo a verdadeira riqueza: a Vida Eterna, que está disponível no agora, no presente. Somos infelizes porque estamos bombardeados com inúmeros planos e objetivos que, no fim, não nos levam a lugar algum.
Mas, quando o Grande Observador se manifesta, Ele traz luz à nossa verdadeira essência, e percebemos do que realmente somos feitos. Não somos apenas este corpo carnal, físico e passageiro, composto em sua maioria por vermes e bactérias. A parte verdadeiramente humana é mínima, e muitas vezes, não chega a ser sequer um décimo. Estamos destruindo o planeta, a natureza, e as pessoas ao nosso redor. Esse caminho de destruição terá um custo muito alto, um preço que talvez não possamos pagar. Precisamos mudar de rumo urgentemente, ou corremos o risco de nos autodestruir.
O ego humano, tanto no homem quanto na mulher, tornou-se central, conduzindo-nos a uma era onde a tecnologia tem o potencial de destruir o planeta. Mas o planeta em si não será destruído; o que será destruído é a maioria dos ignorantes e incautos que se recusam a ouvir a palavra do Criador. O castigo será severo. Portanto, ouçam, povo meu! Ouçam o que tenho a dizer: a estrela do oriente, que anunciou a vinda do Messias משיח, está no céu agora, brilhando intensamente.
Ele voltou, está entre nós, mais presente do que nunca, revelando novamente o nome do Pai, a salvação. O nome sagrado, o nome puro do Pai, o grande Salvador da humanidade e do Seu povo, O Seu nome é santo. Vinde, voltemos para o Senhor יהוה que nos salvou! Voltemos a praticar as boas obras, pois Ele nos espera de braços abertos. Se tivermos a coragem de superar o nosso ego, seremos recebidos na nova Canaã, a Terra Prometida a nossos pais.
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