“O Chamado da Eternidade: Despertando para a Verdadeira Vida além do Ego”

“Quem quiser guardar sua vida vai perdê-la, mas quem der sua vida por amor do meu nome vai encontrá-la.” 

Essas palavras do Mestre me alcançaram como o vento que sopra suavemente sobre um campo de flores, trazendo um perfume que desperta lembranças há muito adormecidas. Em um tempo distante, eu, também, quis guardar minha vida. Mas o que é realmente guardar a vida? E o que estamos tentando preservar, senão sombras fugazes em um mundo que não é verdadeiramente nosso? 

Guardar a vida é o desejo daquele que se agarra com força ao efêmero, ao que os olhos podem ver e as mãos podem tocar, como um náufrago que se apega a fragmentos de madeira no vasto oceano. Ele busca segurança no transitório, ignorando a imensidão do que é eterno. Este mundo, tal como o conhecemos, não é a verdadeira vida. Não falo do solo que nos sustenta, das árvores que nos dão abrigo, ou dos rios que correm incessantes; refiro-me ao sistema construído sobre alicerces de egoísmo, vaidade e medo. Uma vida vivida sob o jugo do ego é como um pássaro que se contenta em cantar em uma gaiola dourada, sem jamais conhecer a liberdade dos céus. 

A verdadeira vida, no entanto, é aquela vivida à sombra do Altíssimo, onde o coração repousa na eterna presença do Grande “Eu Sou”, o Ser de infinita bondade, cuja luz ilumina não apenas os dias de glória, mas também os vales escuros do sofrimento. Quando nos entregamos a Ele, encontramos uma alegria que transborda, uma paz que serena até as tempestades mais furiosas e um amor que nos sustenta, mesmo quando tudo ao nosso redor parece ruir. A sabedoria, que filósofos e poetas passaram séculos buscando, Ele oferece com generosidade e ternura a quem se dispõe a ouvi-Lo. 

Imagino, então, como seria viver sem essa presença, e percebo o quão árida seria minha alma, como um deserto sem o alívio da chuva. Sinto a pobreza que assola o coração desprovido de sua fonte de vida. Mas quando me volto para Ele, quando Ele se manifesta em meu ser como o verdadeiro Sol que ilumina minha existência, percebo que Ele vive em mim e eu n’Ele. Nele, está tudo o que a alma anseia: felicidade, paz, plenitude. Tudo está em Sua essência, na vasta sabedoria de Sua consciência e no poder transformador de Seu espírito. 

No entanto, quando deixamos o ego governar nossos passos, ele nos lança em uma espiral de frustração e tristeza. A cada decisão tomada à luz do ego, distanciamo-nos da verdadeira luz, e logo estamos perdidos em um labirinto de nossas próprias criações, clamando por salvação, mas usando nomes que não pertencem ao nosso Criador, nomes que foram falsamente atribuídos a יהוה  YAHUAH por civilizações que há muito se afastaram da verdade. O ego nos engana, sussurrando que estamos bem como estamos, que não precisamos de redenção, que devemos acumular riquezas que, no fim, se mostram como pó nos ventos do tempo. E assim, enquanto buscamos freneticamente, perdemos o que é mais valioso — a vida eterna, que habita no agora, no presente momento, quando nos tornamos conscientes da nossa verdadeira essência. 

Somos como folhas secas levadas pela correnteza de muitos planos e objetivos vazios, enquanto a verdadeira fonte de vida nos chama de volta para o centro de nosso ser. Quando o Grande Observador se revela, Ele nos mostra nossa verdadeira natureza — não esta carne que rapidamente perece, mas o espírito eterno que reside em cada um de nós. Não somos compostos de vermes e pó, mas de luz e eternidade. Contudo, destruímos o que nos foi dado; destruímos a Terra, a natureza, e uns aos outros. E o preço dessa destruição será terrível. 

Precisamos urgentemente mudar nosso caminho, ou estaremos à beira da extinção, não apenas física, mas espiritual. O ego da humanidade, essa força destrutiva que cresce na mente do homem e da mulher, nos leva a brincar com o fogo de tecnologias perigosas. Mas, no fim, não será o planeta que perecerá, mas aqueles que permanecerem ignorantes, surdos às palavras do Criador. O castigo será grande para aqueles que, mesmo diante de tantos sinais, ainda se recusam a despertar. 

Então, ouçam, ó povo meu! Ouçam a voz que ecoa como o som da trombeta ao longe, que anuncia a volta do משיח MASHIAH. A estrela do Oriente que guiou os magos brilha novamente, como um farol no céu noturno. Ele está entre nós, mais presente do que nunca, revelando, com doçura e autoridade, o verdadeiro nome do Pai, o Salvador da humanidade. Este é o tempo da redenção. O nome sagrado, esse nome antigo e imaculado, ressoa nos corações que ouvem. Voltemos para יהוה YAHUAH, que nos espera com os braços abertos, como um pai que anseia pelo retorno de seus filhos. Se superarmos o ego e nos entregarmos a Ele, seremos bem-vindos à nova Canaã, a terra prometida aos nossos antepassados. 


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